25 março 2016

sobra a fumaça e uma cabeça

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tinha uma cabeça
tinha uma fumaça
e a cabeça era a fumaça
e a fumaça era a cabeça

a cabeça fazia pressão
tsuuumm
ou será que era tic tac
como uma bomba a explodir

um cigarro

o toque era quente
ou sera que era frio
afinal do que importava?
quem ligava?

o tempo passava
e assim como a cabeça
tic tac tic tac

outro cigarro

ou melhor o tempo não passava
tac tic tac tic
e como uma parede de navalhas
continua a cortar a cada novo tac

A pressão também era severa
e na hora de explodir
gritava como nada que já tenhas ouvido
era um grunido novo, nunca ouvido
era um grunido mudo

as tais pessoas não entendiam
como isso poderia ser uma pessoa
estavam certas
não era
não mais.

16 fevereiro 2016

Um texto clichê sobre o amor.

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Hoje, meu amor é a nossa despedida.
Joguei tuas coisas pela janela, cuecas, calças e principalmente teu perfume.
Eu te amei, como amei.
Eu errei, como errei.
Mas hei de confessar, queria que me colocasse apenas mais uma vez em seus pés e juntos bailássemos uma ultima dança, mas não há como.
Seu coração reside em outros planos e eu, pobre de mim, não hei de atrapalhar.
Se um dia fui o amor o tua vida, hoje nada sou.
Abuso de figuras de linguagem tolas para dizer que enfim, em meu coração, hei de te deixar partir.
Novos rumos seguir, sem minha figura a te acompanhar.
E quando a nossa musica tocar vou me lembrar que sim, o  para sempre sempre acaba.
Que as músicas lindas que embalavam nossas noites hoje são verdadeiros pesadelos, um dia nos amava-mos e hoje eu amo sozinha.
Assim encerro esse texto sem fim, sobre uma menina que deixou seu lar em busca de liberdade e descobriu que a liberdade não era nada além de saudades suas.

Adeus meu amor.

17 janeiro 2016

foi

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amor bandido
sem sentido
perdido

como não amar
aquilo que não posso superar

esquecer
não viver
não ser
sem você

já foi
como foi
se não esteve
nunca teve
mas ja foi
e dói
como dói

supremo

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amor sereno
supremo 

amor eterno 
fraterno

amor
apenas amor 
sem dor 

poucas palavras
pois não são necessárias 
nem diárias

é amor 

alma

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alma
levaram minha alma
com um sopro de calma
de quem lava a própria alma

conseguiram ao me aprisionar
restos, dejetos
um país pra afundar
uma geração pra lutar

em vários rumos
tirei meu sumo
ligado a existência e a pré-carência
de amor de vida
de dor
de clamor

carência
abstinência
manter a mente viva
quando o coração morre

alma
calma

11 janeiro 2016

Ame

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manter a mente
atuante e presente
proibida vida de concreto ligada ao que não é reto
inspiração incerta, certo?

implacável
julgável
amável
que foi esquecido e tratado como animal
visto como outro cidadão banal

incerto que já foi dito como certo
uma anotação, simples inspiração
mal escrito
vibração, estação
AME!

19 fevereiro 2015

Ideias.

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Eu tive muitas idéias.
Eu tenho muitas idéias.
Mundos paralelos onde eu possa dançar a abraçar meus sonhos... sonhos estes que não são como aqueles.
Não, não me imagino entrar de branco em uma igreja, ou alimentar meu doce filho. Não desejo uma casa grande lotada de aparelhos modernos, não desejo o tudo, mas já me cansei do nada.
Eu tive muitas idéias.
Eu tenho muitas idéias.
Eu posso ir longe, mas poder e ir são coisas distantes.
Continuo amordaça-da e abraçada as minha teorias sobre o amor real, a sabedoria.
Meu corpo é cheio, inundado de vontades e ele clama por apenas uma saída para que possa libertar.
Sua aspiração é mostrar quem é, mas não mostrar para os outros, os outros, tais outros... nunca poderiam entende-lo... apenas mais um corpo louco a vagar e balbuciar palavras sem sentido sobre dor, morte e como representar isso em imagens.
ME DEIXEM! Me deixem gritar e esfregar-me no chão, deixem que me loucura me domine e se transforme em minha amada arte...
Não sei qual é meu dom, nem se quer tenho um tom, mas tenho AMOR e de algo isso deve valer... me deixem apenas tentar.
Me entorpecem de remédios para que eu possa esquecer quem sou, para que eu possa esquecer quem eu amo, o que eu amo. Me dizem o certo e o errado e eu sempre acabo como aquele que é julgado.